segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Educação Opressora X Educação Libertadora



Olá, pessoal eu não costumo postar texto que não são meus, mas existem aqueles textos que valem serem gritados para o mundo ou pelo menos que cheguem aos ouvidos de muitos. É o caso desse fragmento que fala da dualidade entre uma educação opressora e uma educação libertadora. Vale apena conferir.
Boa Leitura!

Eric Silva

Educação Opressora X Educação Libertadora

Toda educação é, em si mesma, opressora. A passagem do ser individual ao ser social não se fez sem um preço. E este preço é o controle sobre tendências egoístas e individuais exacerbadas. Controle que, de predominantemente externo, torna-se cada vez mais interno, com o decorre do processo educacional. E que exige uma grande força de vontade, capaz de conduzir o indivíduo a maneiras de sentir, pensar e agir que se coadunem com uma percepção global da sociedade, que, por sua vez, ultrapassa percepções meramente particularistas. 

É exatamente nesse processo que se pode dar o salto para a libertação. Pois não é apenas da opressão externa, e em busca de si mesmo, que o indivíduo precisa libertar-se. Deve libertar-se também de si mesmo, de suas tendências egocêntricas, para integrar-se na realidade social e nela atuar. E a escola cumprirá tanto mais a sua função quanto mais favorecer essa dupla libertação, sendo cada vez menos instrumento da opressão externa sobre o indivíduo e estimulando cada vez mais seu crescimento rumo à participação social consciente. 

Diria, portanto, que a opressão antecede a libertação, é uma etapa da própria libertação, nesse jogo dialético que constitui a vida e a própria educação. Se não, libertar-se de quê? Trata-se, no caso, de uma visão parcial do processo de desenvolvimento e de educação. Quando vistas globalmente, entretanto, no mesmo processo, opressão e libertação coexistem, podendo predominar ora a primeira, ora a segunda, ou, mesmo, equilibrar-se momentaneamente. 

Cabe ao educador trabalhar pela libertação, tendo, porém, consciência permanente de que o processo será contínuo, que algum grau de opressão sempre existirá e que nunca alcançaremos a libertação total. Mas é exatamente essa busca constante que dá sentido à vida.

Referência
O Relacionamento Interpessoal na Facilitação da Aprendizagem In: Brandão, Carlos R. O que é educação. 5. Ed. São Paulo, Brasiliense, 1982, p. 8-9

Se Você, caro leitor, quiser ler o texto completo o encontrará disponível em:

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